Durateston®: ésteres de testosterona para tratar hipogonadismo masculino

risug anticoncepcional masculino contraceptivo masculino contracepção

O medicamento Durateston® é composto por quatro ésteres de testosterona, com diferentes durações de ação.  É indicado para tratar hipogonadismo masculino primário e secundário, quando houver confirmação de deficiência de testosterona por características clínicas e testes bioquímicos.

Veja como prescrever e quais os cuidados no monitoramento dos pacientes.

Reposição de testosterona no hipogonadismo masculino

A testosterona é o principal andrógeno responsável por promover o crescimento e desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos e manter características sexuais secundárias. Na incapacidade de produzir quantidades adequadas de testosterona, estamos diante do hipogonadismo masculino.

Uma das opções de tratamento é a preparação de testosterona. O medicamento Durateston® contém 4 ésteres de testosterona (propionato, fempropionato, isocaproato e decanoato), que podem ser utilizados nesses pacientes. Enquanto femproprionato e propionato são ésteres de vida curta, os outros compostos apresentam meia vida maior – entre 4 e 7 dias.

testosterona covid 19 hipogonadismo durateston

Como prescrever Durateston?

O Durateston® é encontrado em solução injetável, em embalagens com ampola de 1 mL, contendo os ésteres de testosterona: propionato (30 mg/mL), fempropionato (60 mg/mL), isocaproato (60 mg/mL) e decanato (100 mg/mL).

Deve ser prescrito para pacientes com hipogonadismo masculino, primário ou secundário, na confirmação da deficiência de testosterona. Não deve ser utilizado em homens com câncer de próstata ou mama, na população feminina, ou em caso de insuficiência hepática e/ou renal graves. Além disso, é contraindicado em caso de hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

A posologia é de 1 mL (1 ampola) via intramuscular profunda e lenta, sem a necessidade de diluição, a cada 3 semanas. Em caso de esquecimento, a injeção deve ser aplicada assim que o paciente lembrar e a injeção subsequente deverá respeitar o intervalo de 3 semanas previsto inicialmente.

durateston esteres de testosterona

Na necessidade de uso em idosos, preferir doses reduzidas. Há experiências limitadas na segurança e eficácia do uso em pacientes acima de 65 anos de idade, e pacientes idosos podem apresentar maior risco de hiperplasia prostática, câncer de próstata, retenção de líquidos e elevações de transaminases.

Além disso, atualmente não há consenso sobre valores de referência específicos para essa população – deve ser considerados que os níveis séricos fisiológicos de testosterona diminuem com o aumento da idade.

Lembre-se: é uma substâncias anabolizantes, e necessita de receituário de controle especial em duas vias (C5), com CID e CPF do prescritor.

consulta internato de medicina

 

Como monitorar os pacientes?

Durante o tratamento, é necessário avaliar testosterona sérica total – antes de iniciar o uso do medicamento, 3-6 meses após o início, e depois anualmente.

É importante manter monitorização da função hepática e do perfil lipídico do paciente durante o tratamento, bem como densidade mineral óssea (após 6 meses em crianças e após 1-2 anos em adultos). Hemoglobina e hematócrito também devem ser monitorados antes do início da terapia, após 3-6 meses e depois anualmente.

Como citamos, o uso é contraindicado em pacientes com câncer de próstata. Logo, importante realizar PSA e exame de próstata antes do tratamento em pacientes com 55-69 anos ou > 40 com risco aumentado de câncer de próstata).

Durateston®: ésteres de testosterona para tratar hipogonadismo masculino

Como orientar os pacientes?

Algumas orientações são importantes para os pacientes durante o tratamento.

Primeiramente, informar os objetivos do tratamento para homens com hipogonadismo. Mulheres não podem tomar o medicamento. Além disso, é essencial informar que o uso indevido para melhorar o desempenho esportivo causa graves riscos à saúde, e que o medicamento pode causar doping.

Pacientes com histórico de obesidade, diabetes e/ou abuso de álcool podem apresentar resistência ao tratamento. É importante estar atento nestes casos.

O medicamento pode aumentar o tamanho da próstata. Por isso, são necessários exames de toque retal e PSA antes do tratamento e periodicamente.

Por fim, o uso pode causar problemas de fertilidade, por inibir a formação de esperma. Caso o paciente deseje manter a fertilidade, considerar alternativas.

risug anticoncepcional masculino contraceptivo masculino contracepção masculina

 

Quer saber mais sobre este e outros medicamentos, incluindo interações medicamentosas e reações adversas? Acesse o conteúdo completo no nosso app WeMEDS®. Disponível na versão web ou para download para iOS ou Android.

 

Google search engine

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui