A partir do primeiro dia de janeiro de 2024, a inclusão da vacinação contra a Covid-19 para crianças com idade entre seis meses e menos de cinco anos tornou-se uma realidade incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação.
O Ministério da Saúde orienta que, para as crianças, o esquema de imunização compreenda a administração da primeira dose da vacina aos seis meses de vida, a segunda aos sete meses e a terceira aos nove meses, sendo a Pfizer pediátrica de tampa vinho a opção de escolha. Para a faixa etária de 5 a 11 anos, recomenda-se a utilização da Pfizer de tampa laranja. A partir dos 12 anos, a vacina Pfizer bivalente, identificada pela tampa cinza, é a indicada.
Após os 5 anos de idade, apenas as crianças que integram os grupos prioritários receberão a dose de reforço em 2024. Fazem parte:
- imunocomprometidos;
- com comorbidades e deficiência permanente;
- indígenas;
- ribeirinhos;
- quilombolas;
- que vivem em instituições de longa permanência e em situação de rua.
Crianças com idade entre seis meses e menos de cinco anos, que não foram vacinadas ou que possuem doses em atraso, têm a oportunidade de completar o esquema composto por três doses. O intervalo recomendado é de quatro semanas entre a primeira e a segunda doses, e oito semanas entre a segunda e a terceira doses.
Importante salientar que crianças que já receberam três doses contra a Covid-19 não necessitam de novas aplicações neste momento, conforme diretrizes estabelecidas pelas autoridades de saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, a inclusão da vacina pediátrica contra a Covid-19 no Calendário Nacional de Vacinação foi fundamentada em “evidências científicas globais e dados epidemiológicos referentes aos casos e óbitos pela doença no país”. O governo federal afirmou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou aos países que priorizem a vacinação da população de alto risco para doença grave, além de avaliarem o cenário epidemiológico para estabelecer estratégias direcionadas à vacinação infantil.
A nota do Ministério da Saúde ressalta que, no Brasil, os números indicam que as crianças não estão imunes às formas graves e fatais da doença, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). Entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 3.441 casos e 84 óbitos de SRAG por Covid-19 na população com menos de 1 ano de idade.