Escore DKA MPM: modelo de previsão de mortalidade da Cetoacidose Diabética

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O escore DKA MPM ou Modelo de Previsão de Mortalidade da Cetoacidose Diabética (do inglês, Diabetic Ketoacidosis Mortality Prediction Model) é um índice desenvolvido para a predição da mortalidade intra-hospitalar em pacientes com cetoacidose diabética.

O escore utiliza 6 critérios clínicos e fisiológicos para a determinação de sua pontuação. Veja cada um deles, bem como a pontuação atribuída para cada critério encontrado durante a avaliação de um paciente.

DKA MPM – Modelo de Previsão de Mortalidade da Cetoacidose Diabética

O escore DKA MPM foi desenvolvido a partir de um estudo que revisou os registros de admissões de pacientes com cetoacidose diabética em 10 anos. Foi concluído que é possível a estratificação de risco destes pacientes através de simples variáveis ​​clínicas e laboratoriais adquiridas no primeiro dia de internação.

Dessa forma, o principal objetivo da escala DKA MPM é avaliar o risco de mortalidade intra-hospitalar em pacientes com cetoacidose diabética. A avaliação é composta por 6 critérios clínicos e fisiológicos.

escala dka mpm

Como interpretar?

Após a atribuição da pontuação individual para cada um dos critérios, é realizado o somatório total. A interpretação dependerá do valor total obtido no escore DKA MPM do paciente avaliado. O risco estimado pode ser avaliado em uma estratificação de 3 categorias, e quanto maior a pontuação, maior a taxa de mortalidade. Assim, temos:

Pontuação total: 0-14 – Risco baixo de mortalidade (0,86%).

Pontuação total: 15-18 – Risco alto de mortalidade (20,8%).

Pontuação total: 19-25 – Risco muito alto de mortalidade (93,3%).

 

Cetoacidose diabética: uma complicação séria da diabetes

A cetoacidose diabética é uma das mais sérias complicações agudas da diabetes (principalmente tipo 1), e geralmente o fator precipitante pode ser identificado. Bioquimicamente temos: glicose sérica > 250 mg/dL, cetonas urinárias positivas e acidose metabólica (pH do sangue arterial < 7,30 e HCO3 < 15 mEq).

O manejo do paciente pode variar, porém o padrão é tratamento em uma unidade de terapia intensiva. Os objetivos do tratamento incluem: reestabelecer a volemia, melhorar a perfusão tecidual, reduzir gradualmente a glicemia e osmolaridade, corrigir distúrbios eletrolíticos, além da resolução do quadro de cetonemia.

O tratamento deve seguir uma ordem cronológica, uma vez que se for iniciada a insulina antes da correção volêmica, pode-se precipitar uma piora do quadro de hipovolemia com choque hipovolêmico.

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Referências:

Efstathiou SP, Tsiakou AG, Tsioulos DI, Zacharos ID, Mitromaras AG, Mastorantonakis SE, Panagiotou TN, Mountokalakis TD. A mortality prediction model in diabetic ketoacidosis. Clin Endocrinol (Oxf). 2002 Nov;57(5):595-601. doi: 10.1046/j.1365-2265.2002.01636.x. PMID: 12390332.

Mahesh MG, Shivaswamy RP, Chandra BS, Syed S. The Study of Different Clinical Pattern of Diabetic Ketoacidosis and Common Precipitating Events and Independent Mortality Factors. J Clin Diagn Res. 2017 Apr;11(4):OC42-OC46. doi: 10.7860/JCDR/2017/25347.9760. Epub 2017 Apr 1. PMID: 28571190; PMCID: PMC5449836.

 

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