Mortais – Nós, a medicina e o que realmente importa no final

Mortais

INTRODUÇÃO

O livro “Mortais – Nós, a medicina e o que realmente importa no final”, lançado em 2014, discorre sobre como o avanço técnico-científico da medicina alterou, de forma significativa e intensa a vida de todos os seres humanos.

Mortais - Nós, a medicina e o que realmente importa no finalO livro foi escrito por Atul Gawande, um médico americano de 55 anos (nascido em 4 de novembro de 1965) que se formou em medicina nos Estados Unidos, mais especificamente na Universidade de Stanford. A obra possui 259 páginas e autor recebeu o prêmio Lewis Thomas (prêmio anual de literatura concedido pela Universidade Rockefeller a cientistas ou médicos considerados como tendo alcançado uma significativa conquista literária), em 2014.

O conteúdo de “Mortais – Nós, a medicina e o que realmente importa no final” abrange o aumento do tempo e da qualidade de vida e suas repercussões no processo de envelhecimento e no papel da medicina e de seus profissionais diante dessa nova perspectiva.

O LIVRO

“Mortais – Nós, a medicina e o que realmente importa no final” é um livro dividido em oito capítulos. Vamos aos principais pontos abordados em cada um deles:

Capítulo 1 – “O Ser Independente”: no início da obra, o autor destaca como o aumento da expectativa de vida e o consequente aumento do número de pessoas idosas trouxe consigo o medo que eles tem em perder a autonomia nas tarefas diárias e se tornar cada vez mais dependentes de familiares ou instituições. A principal questão abordada aqui é: Como manter a independência com o avanço da idade?

Capítulo 2 – “Caindo aos pedaços”: apesar do grande avanço da medicina a morte ainda é inevitável. Neste sentido, Gawade expõe como a intervenção e os cuidados médicos são fundamentais para determinar a qualidade e intensidade com que o envelhecimento seguirá seu curso. A reflexão sobre o medo da morte e o medo da perda de autonomia é o tópico aqui em destaque.

Capítulo 3 – “Dependência”: Nessa nova parte são abordados aqueles acontecimentos que ocorrem antes da morte como a redução dos círculos sociais, perdas de memória e audição e outras alterações no estilo de vida. Mesmo com boas instituições de assistência aos idosos hoje em dia, nos é mostrado que não é possível evitar todos os sofrimentos que acompanham o processo de envelhecimento.

Capítulo 4 – “Assistência”: As instituições de assistência aos idosos são o foco deste capítulo de “Mortais – Nós, a medicina e o que realmente importa no final”. Apesar de proporcionarem lugares seguros muitas vezes não conseguem oferecer um sentido de vida para os idosos ali instalados. Será que existe solução para este problema?

Capítulo 5 – “Uma Vida Melhor”: a autor aqui expõe os obstáculos enfrentados pelos profissionais da saúde no seu posicionamento e execução do papel de promotores da saúde para pacientes idosos. Questões sobre como evitar o isolamento social destes pacientes, promover as relações familiares/sociais e enfrentar o medo da doença e da morte são centrais nessa parte da obra.

Capítulo 6 – “Desapegar-se”: neste capítulo nos é colocado um dilema: quando os profissionais de saúde devem parar de adotar medidas curativas/resolutivas e passar a focar nas medidas paliativas e de promoção do bem-estar social e emocional do idoso?

Capítulo 7 – “Conversas Difíceis”: o último capítulo da obra é a reflexão sobre como dar um novo sentido para a morte e preservar os sentidos de vida individuais deve ser o foco dos profissionais da saúde para otimizar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes idosos.

Capítulo 8 – “Coragem”: mostra a difícil escolha entre ter medo e esperança nos últimos dias de vida, quando a morte se aproxima. No final da vida temos que demonstrar toda nossa coragem para admitir que existirão algumas limitações que não poderemos reverter e com as quais deveremos aprender a lidar.

ANÁLISE E MOTIVOS PARA LER

“Mortais – Nós, a medicina e o que realmente importa no final” é um livro que nos mostra como a morte precisa deixar de ser um tabu, visto que é um fato inevitável a todos aqueles que vivem. Dar outro significado para a morte e abordá-la de forma que possa potencializar a qualidade de vida do paciente idoso é uma habilidade fundamental para qualquer profissional de excelência na área da saúde.

A morte, quando bem elaborada pelo paciente junto aos familiares e aos profissionais que a ele prestam assistência pode deixar de ser encarada como fato traumático e passar a ser aceita como um evento natural, o qual todos nós teremos que, um dia, vivenciar. A morte é, no final, uma vivencia.

ONDE ENCONTRAR

O livro pode ser encontrado para venda no site da Saraiva e em outras grandes livrarias virtuais do país.

FICHA TÉCNICA

Título do livro: Being Mortal: Medicine and What Matters in the End
Autor do livro: Atul Gawade
Número de páginas: 259
Editora: Objetiva
Ano de publicação: 2014

Aproveita e confira também a excelente resenha sobre o livro O IMPERADOR DE TODOS OS MALES – UMA BIOGRAFIA DO CÂNCER

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