Só no Brasil, a Apendicite Aguda é uma condição que acomete 150 mil pessoas por ano. Embora atualmente o diagnóstico acabe sendo feito por exames de imagem, por definição o diagnóstico tradicionalmente deve ser clínico.
Assim, por meio do exame físico, podemos observar achados que corroboram para a condição de apendicite: são os sinais propedêuticos. Normalmente, pelo menos um dos sinais está presente.
O objetivo desse artigo é justamente citar os principais achados clínicos semiológicos presentes na Apendicite:
- Sinal de Blumberg: é a descompressão dolorosa em fossa ilíaca direita em ponto de McBurney
- Sinal de Rovsing: é a descompressão em fossa ilíaca esquerda com dor em fossa ilíaca direita (a dor é decorrente da distensão do ceco por gases pela palpação contralateral).
- Sinal de Lapinsky: é a dor a compressão em fossa ilíaca à direita no momento em que o paciente eleva a perna direita
- Sinal de Lennander: é medição da temperatura retal é 1° Celsius acima da temperatura axilar
- Sinal de Dunphy: é a dor em fossa ilíaca direita quando o paciente tosse
- Sinal de Psoas: com o paciente em decúbito lateral esquerdo, o médico irá estender e abduzir o membro inferior direito. O paciente apresentará dor na fossa ilíaca direita. Geralmente presente em apêndice retrocecal.
- Sinal do Obturador: com o paciente deitado com as costas para baixo (decúbito dorsal), o médico flexiona e realiza rotação interna da perna. O paciente sentirá dor na fossa ilíaca direita.
- Sinal de Ten Horn: o médico irá realizar tração do testículo direito do paciente, e ele sentirá dor abdominal.
- Sinal de Aaron: Dor/Desconforto em epigástrio ao palpar o ponto de McBurney
- Sinal de Summer: é o aumento de sensibilidade em fossa ilíaca direita em decorrência da apendicite
Observações
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Referências Bibliográficas
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