Glipizida no controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2

Glipizida no controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2

A Glipizida é um hipoglicemiante que estimula a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas. Além disso, gera efeitos pancreáticos que envolvem a potencialização da ação da insulina.

Seu uso é indicado para melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2.

Como funciona a Glipizida para Diabetes?

A Glipizida é um hipoglicemiante da classe das sulfonilureias de segunda geração. Sua ação estima a secreção de insulina pelas células beta das ilhotas pancreáticas, além de potencializar a ação da insulina.

Por essa razão, a glipizida é indicada no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2, em combinação com exercícios físicos e reeducação alimentar.

No Brasil, a droga está disponível comercialmente como comprimidos de 5 mg (Minidiab®), mas em outros países também é possível encontrar comprimidos de liberação prolongada de 5 mg e 10 mg (Glucotrol XL®).

Glipizida no controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2

Como prescrever Glipizida?

Recomenda-se iniciar com 1 comprimido de 5 mg via oral uma vez ao dia, preferencialmente 30 minutos antes do café da manhã ou almoço. Idosos ou pacientes sob risco de hipoglicemia devem iniciar o tratamento com 2,5 mg (meio comprimido) ao dia.

A partir da resposta glicêmica, incrementar de 2,5 ou 5 mg, com intervalos regulares. Não exceder 40 mg ao dia, sendo 15 mg a dose máxima única – ou seja, quando necessário doses maiores de 15 mg, é necessário fracionar durante o dia.

Durante o tratamento, é recomendado monitorar a glicemia do paciente periodicamente, assim como sinais e sintomas de hipoglicemia.

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Como fazer a transição entre terapias hipoglicemiantes?

Não é necessário período de transição quando os pacientes que utilizavam agentes hipoglicemiantes da classe das sulfonilureias são transferidos para a glipizida.

Pacientes que utilizaram sulfonilureias de meia-vida longa (como clorpropamida) devem ser observados cuidadosamente (1-2 semanas) quanto à hipoglicemia, pois pode ocorrer sobreposição potencial dos efeitos dos fármacos.

Ao transferir pacientes da terapia com insulina, considerar algumas condições:

Necessidade diária de insulina for ≤ 20 unidades: insulina pode ser descontinuada e a terapia com glipizida pode ser iniciada nas doses usuais. Vários dias devem se passar entre as etapas de titulação.

Necessidade diária de insulina for > 20 unidades: dose de insulina deve ser reduzida em 50% e a terapia com glipizida pode ser iniciada nas doses usuais. Reduções subsequentes na dose de insulina devem depender da resposta individual dos pacientes. Vários dias devem se passar entre as etapas de titulação.

Durante o período de descontinuação da insulina, o paciente deve automonitorar os níveis de glicose. Os pacientes devem ser orientados a entrar em contato com o médico prescritor imediatamente se estes testes forem anormais.

Em alguns casos, especialmente quando o paciente estiver recebendo mais de 40 unidades diárias de insulina, pode ser aconselhável considerar a hospitalização durante o período de transição.

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Cuidados com a hipoglicemia

Assim como todo hipoglicemiante, a glipizida pode causar hipoglicemia importante, principalmente nas primeiras semanas de tratamento, e alguns cuidados devem ser orientados aos pacientes.

Inicialmente, é essencial orientar alimentação regular, cuidado com exercícios físicos extenuantes e monitorização da glicose. Lembrar que diversas alterações podem impactar no controle glicêmico, incluindo estresse e infecções.

Cautela com interações medicamentosas – em uso combinado com outros hipoglicemiantes, iniciar sempre com doses baixas. Além disso, pode ser difícil identificar hipoglicemia em pacientes que tomam bloqueadores beta-adrenérgicos, e também em idosos.

Glipizida no controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo 2

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A diabetes tipo 2 (DM2) é uma doença endocrinológica progressiva em que há uma resistência periférica à ação da insulina, e as células β das ilhotas de Langerhans pancreáticas apresentam um déficit secretório.

Uma vez que os pacientes com DM2 produzem ainda insulina endógena, o tratamento visa otimizar esse uso. O controle glicêmico deve ser rigoroso, mantendo os valores o mais próximo do normal, uma vez que tal conduta diminui bastante a morbimortalidade dos pacientes.

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Referências:

UpToDate® – Glipizide: Drug information.

Khan, H., Zamir, A., Imran, I., Saeed, H., Alqahtani, F., Majeed, A., Aziz, M., & Rasool, M. F. (2025). Clinical pharmacokinetics of glipizide: a systematic review. Expert opinion on drug metabolism & toxicology, 21(1), 69–79. https://doi.org/10.1080/17425255.2024.2402478

Wensing G. Glipizide: an oral hypoglycemic drug. The American journal of the medical sciences, 298(1), 69–71. https://doi.org/10.1097/00000441-198907000-00012

 

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