A Sildenafila (Viagra®) é um inibidor da enzima 5-fosfodiesterase, indicada no tratamento da disfunção erétil, condição de alta prevalência em homens do mundo todo. É um medicamento muito popular, de fácil acesso e de custo baixo. Porém, há diversos cuidados que devem ser tomados durante o tratamento.
Veja as principais advertências e orientações aos pacientes quanto ao uso de sildenafila.
Como funciona o Viagra®?
O citrato de sildenafila (Viagra®) é uma droga que inibe a enzima 5-fosfodiesterase (5-PDE), responsável pela degradação do monofosfato de guanosina cíclico (cGMP). O aumento da concentração de cGMP resulta em relaxamento da musculatura peniana e entrada de sangue no corpo cavernoso.
Além de ser indicado para o tratamento da disfunção erétil, o uso da sildenafila é indicado para hipertensão pulmonar, visto que o aumento de cGMP também resulta em relaxamento da vasculatura pulmonar.
Como prescrever?
Em caso de disfunção erétil, a dose é única de 50 mg, via oral, cerca de uma hora antes da atividade sexual. Se necessário, pode-se aumentar a dose para até 100 mg ou reduzir para 25 mg. Lembrando que, para o medicamento atuar na disfunção sexual, é necessário o estímulo sexual.
Já em caso de hipertensão pulmonar, sugere-se 50 mg via oral a cada 8 horas. De preferência, orientar o paciente que evite refeições gordurosas junto ao medicamento.
Embora de fácil prescrição e acesso aos pacientes, é essencial estar atento quanto aos cuidados com o uso de inibidores de 5-PDE de forma geral.
Advertências gerais no uso de inibidores 5-PDE
O objetivo do tratamento para disfunção sexual com a inibidores 5-PDE é resolver a incapacidade de obter ou manter uma ereção com rigidez de forma suficiente para que haja um desempenho sexual adequado. Portanto, não deve ser prescrito para homens para os quais a atividade sexual esteja desaconselhada.
Além disso, o uso é cauteloso em pacientes com deformação anatômica do pênis, doenças cardiovasculares e predisposição ao priapismo. Em caso de ereção por mais do que 4 horas, o paciente deve procurar atendimento médico imediatamente. Se não for tratado imediatamente, o priapismo pode resultar em danos teciduais e impotência permanente.
Algo que é muito comum no uso indiscriminado da sildenafila é a associação com bebidas alcoólicas. No entanto, devemos lembrar que essa combinação é contraindicada, particularmente em grandes quantidades, pois pode aumentar o risco de hipotensão ortostática, tontura, taquicardia e dor de cabeça. Ainda, é essencial destacar a dose máxima, de 100 mg uma vez ao dia.
Além disso, é importante avaliar a saúde cardiovascular do paciente antes da prescrição. Além do risco cardíaco associado à atividade sexual, foram relatados eventos cardiovasculares importantes com o uso de sildenafila.
O uso do medicamento também já foi associado com alterações visuais e/ou auditivas, principalmente em pacientes predispostos. Indivíduos com histórico de neuropatia óptica isquêmica anterior não-arterítica, por exemplo, têm risco aumentado de recorrência em uso de inibidores 5-PDE. No caso de perda ou redução repentina da visão ou audição, orientar que o paciente interrompa o uso e consulte um médico imediatamente.
Por fim, é essencial conferir os medicamentos que o paciente faz uso, antes da prescrição. Por ser metabolizado por enzimas do citocromo P450, a sildenafila pode interagir com diversas drogas.
Leia também: Sildenafila pode prevenir a Doença de Alzheimer?
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Referências:
VIAGRA®. Viatris Healthcare Limited. 2024.
UpToDate®. Sildenafil: Drug information. 2024.