Nesta semana, o Ministério da Saúde confirmou dois casos de sarampo no Rio de Janeiro, envolvendo duas crianças da mesma família. Ambas receberam atendimento médico adequado e apresentam bom estado clínico.
Apesar da ocorrência, esse episódio não altera o status do Brasil como país livre da circulação do sarampo, título certificado pela OPAS/OMS. Casos esporádicos são esperados e têm sido registrados em outros países. A vacinação continua sendo a principal medida de prevenção, com doses disponíveis gratuitamente pelo SUS para a população elegível.
Entenda os Casos de Sarampo no Rio de Janeiro
O Ministério da Saúde confirmou dois casos de sarampo em crianças da mesma família no município de São João de Meriti (RJ). Os diagnósticos foram validados pelo Lacen-RJ e pela Fiocruz. As crianças receberam atendimento médico e apresentam bom estado clínico.
Outro caso isolado foi registrado em Itaboraí (RJ), sem vínculo epidemiológico com os de São João de Meriti. Segundo o Ministério da Saúde, medidas de controle foram implementadas, incluindo isolamento do caso, rastreamento de contatos, bloqueio vacinal seletivo e busca ativa de novos casos, sem identificação de transmissões secundárias.
O Ministério da Saúde segue acompanhando a situação para garantir a interrupção da circulação do vírus e a manutenção da eliminação do sarampo no país.
O Brasil segue como um país livre de Sarampo segundo a OMS
O Sarampo é uma condição viral extremamente contagiosa, e faz parte das chamadas “Doenças Exantemáticas” – um grupo de condições caracterizadas pelo surgimento de erupções cutâneas vermelhas (exantemas / rash).
Na era pré-vacina ou nas regiões com ausência de vacinação, o Sarampo acomete principalmente crianças com até 15 anos de idade. Mundialmente, a condição é a principal causa de morte prevenível por vacina em crianças até 5 anos de idade, e quinta principal causa de morte em crianças com até 5 anos de idade.
No Brasil, a condição está sob controle, com relatos esporádicos, e a última epidemia ocorreu em 2011. Segundo critérios internacionais, esses casos não impactam o status do Brasil como país livre da circulação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita, certificado pela OPAS/OMS em novembro de 2024. Episódios esporádicos são esperados e já foram reportados em outros países.
Como funciona a Vacinação Contra o Sarampo?
Atualmente, a vacina contra o sarampo está disponível no calendário do Ministério da Saúde. Em situações de surto, podem ocorrer vacinações “extra” do sarampo, mas não substituem as duas doses presentes no esquema vacinal.
A vacina é a “Tríplice Viral”, conhecida também como SRC (Sarampo, Rubéola e Caxumba) ou MMR (do inglês: Measles, Mumps and Rubella). É formada por vírus vivos atenuados das três condições, e apresenta 99% de eficácia para as três doenças.
Segundo o calendário vacinal do Ministério da Saúde são duas doses: a primeira aos 12 meses de idade, e a segunda aos 15 meses – nesse último caso, junto com a vacina contra varicela, no conjunto chamado “tetraviral”.
Para indivíduos não vacinados até os 29 anos de idade, podem ser tomadas duas doses (de tríplice), distando uma da outra 30 dias. Para os adultos entre 30-59 anos não vacinados, fazer apenas uma dose. Para os profissionais de saúde, fazer sempre 2 doses independentemente da idade.
Em caso de pacientes não previamente vacinados e que foram expostos ao vírus (contactantes), estes devem receber uma dose da vacina em até 72 horas do contato – a chamada “profilaxia pós-exposição” ou “vacinação de bloqueio”.
Além disso, existe a “imunização passiva”, em que se prescreve imunoglobulina, com o objetivo de se conferir proteção para os contactantes expostos. Essa imunoglobulina pode ser utilizada em até 6 dias da exposição, na dose de 0,25-0,5 ml/kg (doses maiores para imunodeprimidos).
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Referências:
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ministério da Saúde confirma dois casos esporádicos de sarampo no RJ. Publicado em 15/03/2025.
OPAS/OMS. OPAS verifica que o Brasil é mais uma vez um país livre do sarampo. Publicado em 12 de novembro de 2024.
